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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Sobre o bloqueio de 48 horas do Whatsapp

Vamos raciocinar sobre o #bloqueio do #Whatsapp:
- Período natalino no #Brasil, país onde empresários fazem acordos com políticos, com aval de alguns juristas, para receber favores. O que tem levado vários para a cadeia. Esquema que acontece em quase todos os cantos, enriquecendo muita gente.
- A #justiça #paulista bloqueia o Whatsapp em TODO o país. O motivo é desconhecido. As justificativas não são fundamentadas. E apesar das péssimas empresas de telefonia celular recorrerem para barrar a decisão judicial, quem sairá no lucro, são elas! Quem utiliza o zap, agora terá que gastar seus créditos com ligações e mensagens.
- Hoje na #Globo o apresentador do Jornal da Manhã (ou seria da manha?), disse que vivíamos bem no PASSADO sem celulares e zaps. Mas a tecnologia avançou justamente para facilitar a #comunicação em um mundo globalizado, mais violento, em crise econômica. Os aplicativos surgem para facilitar a vida de pessoas.
As justificativas:
- A empresa responsável pelo whatsapp, não repassou dados sobre um usuário pedófilo. Processem a empresa, criem mecanismos legais, mas não penalizem todos os brasileiros. Tem pedófilo demais fora da internet, inclusive em cidades turísticas e rodovias, raptando, comprando e aliciando menores, sendo que alguns são políticos e empresários!
- Seria para evitar a comunicação de Cunha com comparsas. Que prendam o #Cunha! Coisa que há tempos deveria ter sido feita!
Os fatos:
- A internet e #aplicativos como esse, democratizaram a comunicação. Hoje o brasileiro não apenas escuta calado, mas interage e muda situações usando esses meios. Inclusive o Facebook! Isso incomoda demais os corruptos!
- Precisamos de telefonia séria no Brasil. As empresas fazem o que querem e a #Anatel parece cachorro morto. Contra elas, que assaltam brasileiros de todas as classes sociais, principalmente pobres, com cobranças abusivas, péssimos serviços é que a justiça deve intervir!
- Somos monitorados, não duvidem! A Google e até supermercados conhecem nosso perfil. Como não conhecem os bandidos se filmagens são feitas, conversas divulgadas na rede? Cadê a inteligência dos órgãos responsáveis? Prendam bandidos, inclusive os de colarinho por trás do tráfico!
- Chega desse #capitalismo selvagem que rouba, forma cartéis, compra políticos e juristas, lucra com a venda de armas e fomenta golpes, manipula as pessoas principalmente via TV. Capitalismo que faz da saúde negócio, dos medicamentos armas capazes de curar uma doença gerando outra pior, cujos custos dos pacientes serão mais altos. Sem falar do restante!
Terá gente dizendo que a culpa é de Dilma. Claro. Mas o fato é que quem põe e tira governos é o capital ou povos conscientes de verdade. Nós somos os gigante que eles temem e que precisa acordar, utilizando as novas tecnologias para o bem da nação. Há uma novela real, cruel, repleta de tramas e manipulações acontecendo nos bastidores da relação Empresas X Políticos X Juristas na qual devemos assistir e atuar! Chega de sermos marionetes!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Brasil - País onde se paga por serviços ruins



O Brasil passou séculos submisso aos colonizadores e após à Proclamação da República, ao capitalismo que explora e escraviza de forma até mais cruel. Durante um longo período vivemos dominados pelo G7. A CIA interferia na forma de governo, incitando as ditaduras pela América Latina, para assim abrir portas para as empresas e indústrias estrangeiras dominarem nosso mercado. Ao alcançar o intento, estavam ao lado dos ditadores para calar, torturar e matar quem tentasse reclamar do sistema. Nessa época o povo era marionete. Após a ditadura penduraram uma placa de VENDE-SE. Adotamos modismos, manias diferentes das relacionadas à nossa cultura. Atualmente, continuamos como marionetes dos capitalistas: pagamos caro por serviços de má qualidade e as agências governamentais não atuam de forma eficaz. Não me perguntem o motivo...

Em um país onde tudo está à venda, inclusive pessoas tem preço, o dinheiro vale muito mais do que o respeito. Para exemplificar a que ponto chegamos, basta analisarmos as empresas de telefonia celular e internet. Elas ditam as ordens, vivem de falsas propagandas, desrespeitam os consumidores e a ANATEL lembra um cachorro morto ao lado do dono. Nós, brasileiros, pagamos caro para ter acesso à tecnologia, tão necessária em um mundo globalizado onde trabalha-se on-line, e a depender da empresa, mal abrimos um email. Contratamos pelas promessas de propaganda, recebemos o engodo. Mas de quem realmente é a culpa: das operadoras ou dos calados brasileiros? As desculpas para não buscar os direitos fazendo o setor público atuar sobre o privado, são diversas. "Prefiro não me estressar", "Não adiantará nada", "Perderei meu tempo"... Calados perdemos o respeito e os investimentos! Pior ainda são aqueles que esperam outros protestarem para ver a sua situação resolvida. São as malas sem alça que carregamos, os tapetes dos empresários corruptos, as marionetes do poder. Atrapalham a vida de todos. Por exemplo, se os clientes da Oi Velox reclamassem de vez dos péssimos serviços, ou eles faliam deixando de vender aquilo que são incapazes de oferecer ou a ANATEL seria obrigada a se posicionar. Idem o governo. Certamente alguns seriam presos por aceitar propinas.

A Black Friday não funciona na maioria das lojas. Muitas dobram o valor dos produtos antes, para chegar na data e colocar pelo preço real. Depois aquilo será mais caro. Porém, como a maioria dos brasileiros dizem amém a toda propaganda, correm loucamente para comprar muito do que não precisa. Até o nome é estrangeiro! Podia chamar Promoção Brasil, Sexta do Barato, etc. O norte americano já é consumista por natureza, mas eles exigem qualidade. Claro que há os tapados. teleguiados que alimentam o capitalismo. Só que nós alimentamos os piores, porque eles sabem que aqui, poucos reclamarão. Como acredito nos ditados "Uma andorinha só não faz verão"e "Povo unido jamais será vencido", brigo, reclamo, luto pelos meus direitos, com uma vontade imensa de fazer desaparecer os covardes oportunistas.

Pago, logo devo receber o prometido. Essa premissa deve entrar na nossa cultura. Chega de dominação. De abrir portas para bandidos estrangeiros e criar corruptos brasileiros. Temos boca para falar, garganta para gritar e pulmão para respirar em paz. Pernas são feitas para andar, correr. Senão seríamos apenas estátuas. O cérebro precisa ser ativado, estimulado, alimentado. Todavia, até ele dão de bandeja para servir de absorvente ou papel higiênico da indústria cultural, da mídia corrupta

e dos magnatas. Por isso, além dos bandidos armados nas ruas, prontos para nos assaltar, sem perceber somos roubados nas lojas, pelos bancos, pelas empresas de telefonia, pela mídia, pela indústria automotiva, do setor tecnológico e farmacêutico sem intervenção dos órgãos governamentais. Quem desejar se prestar a isso, que vá para trás, prefiro caminhar de cabeça erguida para frente, lutando pelo que é meu.

domingo, 1 de novembro de 2015

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Sites divulgam informações pessoais de brasileiros



Seus dados estão à venda!



Ontem divulguei no Facebook e no Whatsapp notícias do site sueco que dá acesso por pouco dinheiro, a informações sobre brasileiros. Alguns acharam natural, já que passamos para empresas. Outros acham que não tem jeito. Mas nada disso é certo. Pode parecer inocente, mas não é. Isso é gravíssimo! Qualquer um, em qualquer lugar, até mesmo numa penitenciária, pode acessar informações sobre quem quiser e dali, mandar sequestradores, assassinos e até presentes. Pessoalmente prefiro ficar sem esses presentes.
Fizemos uns testes entre amigos e uma coisa é certa: são informações repassadas por operadoras de telefonia e cartão, bancos e correios.Pessoas sem contas em redes sociais estão ali. Eu não autorizei que meus dados fossem publicados para além das empresas, logo não é certo, de jeito algum, que divulguem. No meu caso, estão ultrapassados e não correspondem nem ao dos meus pais, nem ao meu, pois o de correspondência, é outro. É esse que consta. Mas o de alguns amigos, aparecem informações atuais e reais. Quer dizer então que fornecemos dados para compras e eles podem gerar lucro para quem os vende? Eu chamo os que estão por trás de quadrilha.
Outra coisa, tentem fazer um site gratuito em servidores como Hostinger. O gratuito sai com o endereço de outro país. Eu tenho alguns, pois é fácil fazer.
Estamos preocupados com a Lava Jatos, corrupção na Petrobrás corretamente, mas isso é tão grave quanto! Falsificadores, sequestradores, clonadores, assassinos, existem. Não são coisa de cinema. Se por exemplo, eu for uma mulher doente, achar que um contato do marido é caso e resolver causar mal, terei todos os dados em mãos, a preços baixos. Quantos crimes podem ser cometidos assim? E os transgressores sexuais? Garotas serão vítimas fáceis!
E não é só tirar o site do ar, é divulgar o nome das empresas ou mesmo quadrilha por trás disso. Ou o deles não pode? Isso é caso para a Polícia Federal. Democratização de dados pessoais só servem a ditadores e bandidos. Porque não divulgam as contas de políticos e empresários de diversos partidos na Suíça? Quem quiser ser besta, seja. Eu não aceito isso.




DETALHES RETIRADOS DE OUTROS SITES:

A página também oferece informações extras através do uso de "créditos", vendendo "planos" que vão de R$ 9,90 até R$ 79,00 para ter acesso a mais dados pessoais. Com pacotes de créditos, é possível obter informações como endereços alternativos completos, parentes da pessoa buscada e até suas possíveis redes sociais.

Leiam matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/seguranca/novo-site-revela-dados-sigilosos-de-pessoas-com-busca-por-nome-ou-cpf-45905/#ixzz3h6BsoxEU


O conteúdo do Canaltech é protegido sob a licença Creative Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção).

O Tudo Sobre Todos informa ser administrado pela Top Documents LLC., com sede em Seychelles, uma pequena ilha no meio do Oceano Índico, conhecida por ser paraíso fiscal.


Em Seychelles, a legislação beneficia pessoas que queiram esconder a composição societária de empresas e informações bancárias. Além disso, o site com final “.se” indicaria que está hospedado na Suécia. (http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/site-que-vende-dados-pessoais-revolta-internautas-25072015)

Pra finalizar, aconselho uma lida na INFO: http://info.abril.com.br/noticias/internet/2015/07/seu-nome-cpf-e-endereco-completos-podem-estar-disponiveis-neste-site-sem-que-voce-saiba-disso.shtml pois fica óbvia a cara de pau dos responsáveis.

Vamos cobrar uma posição da Polícia Federal e Ministério da Justiça. É hora de nos movimentarmos! Ou você quer seus dados vendidos para políticos corruptos e bandidos?

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Abolição. A opção é praticar esporte e capacitar os jovens



A Associação Cultural Abolição Capoeira, sediada em Arembepe, Camaçari, Bahia, Brasil, com vários pontos espalhados pelo mundo, oferece à comunidade aulas gratuitas de capoeira, violão, inglês e dança. Pessoas de todas as idades podem participar. Principalmente jovens.

O ponto de cultura atende não só a comunidade de Arembepe, mas boa parte da orla de Camaçari. Quem ingressa, além das aulas, aprende a ser cidadão e cidadã. Os responsáveis, apesar de trabalharem para manter as famílias, dão toda assistência. Preocupam-se com aqueles que evadem, buscam saber como estão, o motivo do afastamento.

O Abolição é um meio para libertar do desemprego, de vícios, do sedentarismo. É um dos mais belos projetos sociais que conheço. Exemplo a ser seguido, divulgado, para estimular mais gente a olhar para aqueles que vivem ao redor, oferecendo oportunidades.

domingo, 7 de junho de 2015

Ser gay é crime?

O preconceito é honesto? Essa pergunta deve ser feita quando tratamos de rotular, discriminar, cometer bullying e atacar alguém por causa da cor da pele, da opção sexual ou gênero. Temos na Constituição Federal uma resposta muito clara para a questão. Todavia, vemos ataques na TV, músicas, rádios, escolas, vizinhança e até em casa, que vão de palavras à agressão física.
Com todas as misérias que tem acontecido no planeta, a exemplo dos milhares de imigrantes saindo dos seus países de origem, caindo nas mãos de traficantes, bandidos e assassinos, guerras, morte de inocentes; terremotos, calor excessivo e enchentes, balas perdidas, tráfico... Vi gente tendo a capacidade de se indignar com duas coisas que não ferem ninguém: o amor entre duas senhoras numa novela (que deveria ser criticada pela violência que incita, não por isso) e a belíssima campanha de marketing do Boticário para o dia dos namorados. Finalmente, o amor deve ser mais combatido do que a guerra? Pois a questão parece se concentrar nisso.
Não vejo discursos acalorados de alguns religiosos sobre muitas questões relevantes. Tenho visto homens que enriqueceram dirigindo igrejas, pregarem mais o preconceito do que a paz e o respeito. E o que a justiça faz, se na Constituição Federal, ações que geram discriminações são criminosas? Ainda não vi nenhum deles ir para a cadeia. Mas já vi gente roubar um leite pra alimentar o filho ser presa. 
Acredito que cada pessoa nasce com genes, hormônios e traços, como as impressões digitais, que as diferencias das demais. O homossexualismo não é nenhuma novidade porque o amor faz parte de nós. A repressão é algo plantado e cultivado por religiões, sociedades, famílias, mídia e tem início após o amor. Basta olhar a pureza de uma criança que descobre o corpo e aos poucos o poder que tem para articular palavras, andar e conhecer conceitos de "certo e errado". Opções religiosas, sexuais e até profissionais, quase nunca são opções em determinados clãs e sociedades. Para a criança não há escolhas. Existe mais a obrigação de ser contra aqueles ditos "diferentes". Então teremos adultos propensos a excluir quem age de modo divergente ao deles. O amor ganha outro sentido, segue outras direções mais distantes do seu significado real. 
Mas será o que eu ou outra pessoa honesta escolhemos, deve ser medido por alguém que tenha preconceitos? Então, se preconceito é crime, porque tenho que aceitar críticas de preconceituosos?  A ciência vem mostrando que os seres humanos tem mais do que a opção de ser hetero ou homossexual. O biólogo Alfred Kinsey que viveu entre os século XIX e meados do  XX, relatou que entre homossexualidade e a heterossexualidade  há uma gradação de sete opções, inclusive os bissexuais. Hoje já se sabe que existem mais do que isso. Também apontaram que cada um nasce com alguma tendência, capaz de ser modificada por influências. Por exemplo, um homem pode por influência ou mesmo opção, casar, ter filhos mas após algum tempo vir a gostar de outro homem. O amor é uma reação química ligada às reações psicossociais. Basta ver que homossexualidade e mesmo amor entre pessoas do mesmo sexo, pode ser comum entre soldados. Os genes e os hormônios em quantidade menor ou maior, influenciam. Casados à necessidade de compreensão, solidão, parceria, completude, podem mudar um contexto. Da mesma forma que os paradigmas sociais levam alguém a ter comportamento heterossexual, sendo que seu gosto seja outro. O que dizer dos hermafroditas, mulheres com mais pelos, homens quase sem pelos? Hoje os cientistas também "corrigem"essas situações, imutáveis no passado. Só não sabemos, devido ao preconceito, se realmente as pessoas mudarão de acordo com seus desejos ou os da sociedade. Explicar as diferenças físicas através de teorias para subjugação da espécie, da existência de um Deus vingativo, cruel, não passa de oportunismo para dominar, lucrar através de interpretações equivocadas, escritas por outros humanos. 
O fato é que em pleno século XXI ainda assistimos indivíduos com a capacidade de em nome de uma falsa moral e bons costumes (desde quando preconceito é bom costume?), bradar contra as opções alheias. A mim interessa ver o amor acontecer nesse mundo conturbado. Deixar o meu desprezo para qualquer forma de violência.  Além do mais somente pessoas doentes vivem de agressão e raiva contra terceiros. Essas precisam de tratamento. Pena que não levam a saúde mental à sério na maioria dos países.
Enquanto não avançamos nesse aspecto, cada um escolhe o que prefere ver.





domingo, 10 de maio de 2015

Coragem e ação, povo brasileiro!

Antes de mais nada, precisamos separar o joio do trigo. Ou seja, os bons dos maus. Ainda que os perversos sejam maioria. Refiro-me aos políticos. E independente de partidos, tiro o meu chapéu para alguns. Surpresos? Não fiquem. Vamos pesquisar ações individuais e raciocinar no quanto elas interferiram na vida dos brasileiros. Conhecer é o primeiro passo para mudar. Mas pesquisem de coração aberto, sem preconceitos. Gente honesta e desonesta existe em todos os lugares, em qualquer partido político.
Após essa pesquisa, conheça a legislação eleitoral e os acordos macabros que os partidos são obrigados a fazer se quiserem eleger candidatos. Os responsáveis por essa legislação queriam a dependência dos partidos menores e mais sérios, através de conchaves, para continuarem no cargo e fortalecerem os grandes. A regra é simples: o grande empresariado (indústria, agronegócios, comércio) ou traficantes de colarinho branco, injetam verbas para eleger alguém capaz de defender seus interesses (salários irrisórios, menos encargos sociais, menos direitos trabalhistas, criação de leis que permitam a degradação ambiental favorecendo o avanço das empresas agrícolas,etc.). Com os seus candidatos eleitos através das verbas injetadas e coligações, eles detêm a maioria nas câmaras de vereadores, assembléias legislativas. câmara dos deputados e senado. Forma-se uma rede favorável aos financeiramente poderosos que junto aos seus candidatos, criarão as leis no país. O poder deles é dado pelos eleitores comprados ou inocentes. Unidos, podem derrubar governadores, presidentes, vender na mídia a imagem de bons samaritanos e neutralizar a força dos opositores.
Agora reflita. Diante da pesquisa e da legislação criada e votada pelo legislativo e judiciário, porque aceitamos que os mesmos continuem nos roubando há décadas? Somos patrões ou capachos desses vereadores, deputados, senadores, governadores e presidentes que passaram anos retirando nossos direitos? Queremos leis que nos favoreçam ou nos prejudiquem?
Em muitos municípios brasileiros, a situação é grave. Os homens ou mulheres que durante as eleições prometem, choram, visitam pessoas, dão cimento, ligam trompas e doam dentaduras, serão os mesmos que ao se elegerem, tirarão o poder dos munícipes mais pobres de educar os filhos, concretizar sonhos e ter comida para mastigar com a nova dentadura. O "candidato do prefeito"é quase sempre eleito por pressão e promessas de perseguição. Quando já não vem de famílias de coronéis, montam um império com o que dilapidam do patrimônio público, compram capangas, cupinchas e covardes para de fato maltratar seus opositores. E a justiça, cega ou aliada, raramente faz alguma coisa.
Assim, temos algo que intitularam de Três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, que em muitos casos se aliam contra nós que votamos e lhe damos o poder. É a partir desses maus exemplos, que a corrupção, a violência, a fome, a miséria são banalizadas. Os bons perdem a fé. Os maus acham que podem tudo pois sairão impunes. Mas junte todos os que dependem de nós para nos assaltar (há exceções) e pense em todos os brasileiros unidos em torno de objetivos comuns. Quem seria a maioria capaz de montar o Primeiro e mais forte poder do país?
Eu não ando cansada da política. Sim daqueles que reclamam e nada fazem. Ou dos teleguiados. Gente que não enxerga o poder que o empresariado dono da mídia manipuladora, exerce sobre eles. Essa manipulação é necessária para que a elite continue enriquecendo cada vez mais. Bobo quem acredita no contrário. Para entender melhor essa situação é preciso saber o que é PIB e ver como a divisão da renda acontece no Brasil.
Observando essa pirâmide, veremos que apesar de muitos brasileiros terem saído da zona de miséria absoluta, devido aos programas governamentais, a distribuição da renda ainda é injusta. Estivemos pior e não avançamos mais por vários motivos. Um deles é a coragem de revolucionar (antes que essa palavra cause horror em alguns, significa mudar), tomar o poder que é nosso. Outro, é o que eu chamaria de Escada do Egoísmo. Para enriquecer ou se beneficiar de algum modo, certas pessoas ou famílias, submetem-se aos ricos servindo de ponte para eleição dos candidatos da elite. Assim convencem que um deputado com vários processos nas costas, merece nosso voto. Por fim, aprender a nos manifestar de forma organizada, com objetivos, metas, planejamento.

Baseada no último ponto, colocaria aqui prioridades para o povo brasileiro:
1. EDUCAÇÃO - O melhor e mais garantido caminho para termos conhecimento, logo o poder. Se cada família pobre pudesse ter um filho com educação igual ao de um outro da classe A, ambos competiriam no mercado de trabalho. As diferenças sociais diminuiriam.
2. SAÚDE - É monstruoso ver que a vida dos seres humanos tem valor proporcional à renda familiar. Quanto mais pobre, mais chances uma criança terá de morrer. Apesar das queixas contra o SUS, ninguém pense que é somente no Brasil que a classe social interfere no direito a saúde de qualidade. Em alguns países, inclusive de primeiro mundo, não existe ao menos o SUS. É tudo pago. Porém isso não significa que devemos aceitar o que temos. Vida tem que valer mais do que dinheiro! Quem paga plano de saúde, paga pela mesma coisa duas vezes e não tem garantia de bom atendimento. Portanto, abra o olho, classe média!
3. CULTURA - Alguém pode me perguntar o motivo da cultura estar nessa relação. Muito simples, falamos do que o indivíduo herda ao nascer e adquire até morrer. Hereditariedade, valores, tabus, preconceitos, resistência, medos. A arte tem poder transformador. A indústria cultural também. Uma sociedade onde rádios e eventos massificados, produzidos por quem tem dinheiro para investir naquilo que "emburrecerá", degradará a mulher, incentivará a violência ou o tráfico, gerando o desrespeito entre pessoas, não gerará bons frutos. Religiões que pregam a ira contra as outras, querem somente o poder. Religião deve ser sinônimo de paz, jamais de guerra ou preconceito. O fato de muitos homens morrerem de câncer de próstata, por se negarem a fazer o exame, é uma questão cultural que interfere na saúde. A própria corrupção é cultural!
4. EMPREGO E RENDA - Ninguém vive sem trabalho e tão pouco trabalha sem ter qualificação. Logo a Educação é de suma importância. Diante das novas tecnologias, saber apenas assinar o nome ou ler um texto sem compreender, será empecilho ou crescimento profissional. Sem emprego, não há como viver decentemente. É preciso investir de fato em educação. Para que ela seja um processo contínuo, acessível a todos. Senão os bons empregos ficarão com os ricos e o trabalho terceirizado, arriscado ou informal, com os pobres.
5. HABITAÇÃO e SANEAMENTO - Temos um território imenso, repleto de grandes latifúndios, enquanto famílias inteiras não tem onde morar, migrando para grandes cidades em busca de melhores condições de vida e moradia,  acabam por se instalar em áreas sem nenhuma infraestrutura. Portanto, ao falarmos sobre habitação precisamos tratar sobre Reforma Agrária para ocupar o país de forma equilibrada e gerar sustentabilidade. Alguns grandes centros não comportam mais pessoas. Precisamos de uma política que fixe o homem no campo (com saúde, educação), de forma que as ocupações territoriais aconteçam de modo equilibrado com o homem do campo vivendo bem. Sem o êxodo rural, será muito mais fácil estruturar as cidades.

Isso tudo é direito constitucional, mas o porquê de não acontecer está justamente na existência de um legislativo que favorece a elite pelos motivos já descritos.  Então, já que vereadores, deputados estaduais, federais e senadores criam as leis, porque não obedecerem algumas premissas? Tem gente trabalhando em péssimas condições, com escolaridade maior do que a de alguns políticos e recebendo um salário mínimo. Enquanto isso tem vereador recebendo R$10.000,00 em cidades com baixa arrecadação, achando pouco os vencimentos e chegando ao absurdo de justificar a corrupção. É o cúmulo da falta de caráter, ética e profissionalismo.

Pois bem, diante dessa discrepância salarial, do quadro de corrupção em todos os recantos, por políticos de quase todos os partidos, sendo o salários deles, bastante altos, porque não vamos criar um grande movimento de reforma política e instituir regras aos três poderes? Posso sugerir:
1. Que todo membro dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) sejam obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas.
2. Proibição de plano de saúde e obrigatoriedade ao SUS para o Executivo e Legislativo.
3. Prisão comum, ou de acordo com a formação escolar, para aqueles que desviarem recursos públicos ou se envolverem em fraudes. Sem direito a advogados, senão os que defendem bandidos tidos como comuns.
4. Prisão imediata de qualquer um que aja de modo a incitar violência de gênero, raça e apoiar movimentos que gerem preconceito de qualquer espécie.
5. Salário de político nunca deve ser abusivo e só deve ter aumento quando os trabalhadores tiverem. No mesmo percentual. Sendo proporcional à renda do município ou Estado por onde se candidatou. Contudo, aqueles que precisem residir fora da UF de origem, devem ter direito a moradia de acordo com o nível de vida anterior ao cargo eletivo.
6. Que nenhum empresário possa investir em campanha política. Para que nenhum político fique atrelado a eles.
7. Que o tempo de todos os candidatos sejam iguais nos horários eleitorais.
8. Que candidato comprovado como ficha suja, vá para a cadeia e nunca mais possa se eleger.
9. Políticos eleitos através das igrejas, devem ser cassados ou mesmo presos, em caso de qualquer forma de preconceito. Enquanto cidadãos, devem respeitar todos os outros como manda a Constituição Federal.
10. Que a justiça seja rápida em relação aos militares e prendam todos os torturadores ainda soltos. Militar existe para defender e não agredir a nação. A função de legislar, executar as leis e julgar, não é da sua competência.


Isso não é sonho, estou sóbria e seria capaz de defender essas bandeiras. Porque são justas. Se um desempregado vai parar numa cela comum por roubar um pacote de feijão e alimentar a família, prisão para quem rouba da educação, saúde e qualquer setor público, deveria ser privilégio? Não. Esses são assassinos. Matam quando a verba da saúde é desviada, destroem os sonhos das famílias quando roubam da educação. Pior, nas campanhas prometeram trabalhar para nós e não contra nós. Então justiça seja feita, pois não aceito funcionário corrupto na administração dos impostos que nos são subtraídos. Coragem, organização e ação, povo brasileiro.! Vamos ser o Primeiro Poder ou os Bobos da Corte que ficarão na arena trocando apelidos, como Petralhas e Coxinhas? Chega! O Brasil é de todos e não de poucos.

terça-feira, 28 de abril de 2015

O poder de criar X O poder financeiro

Quem não sabe criar consegue atravessar o caminho dos artistas para lucrar. Um atravessador se soma a outros de uma forma tão articulada que quando um livro, um CD, uma obra chega ao mercado, muitas vezes o artista gasta e não recebe nada. Porém, editores, produtores, gravadoras, copiadoras tem participação nos lucros, já que a maioria, previamente, constrói acordos, contratos que engessam quem cria o produto de uma forma, que é impossível escapar e tentar buscar novas vias. Quem tenta ir contra esse esquema, tem as portas fechadas e dificuldades para publicar, divulgar e vender o fruto do trabalho.
Quando decidi publicar o meu primeiro livro, procurei conhecer o funcionamentos das editoras. Todo meu tempo de criação, seria determinado por elas, que receberiam a maior parte dos lucros. Quando o livro fosse para uma livraria, o preço seria elevado e os meus rendimentos, reduzidos. Claro, teria divulgação proporcional ao que me fosse retirado e o material colocado nas prateleiras. Leitores interessados, comprariam por um preço alto, pensando até que enriqueceriam a escritora. Que receberia R$1,00 ou R$2,00 por exemplar vendido. Bem, então pensei e decidi seguir por outro caminho. 
Havia pedido demissão de um emprego e recebi uma verba que destinei à confecção do livro. Em seguida corri atrás de patrocínio para complementar o total. Bati em várias portas, pedi ajuda e no final, meu livro estava pronto e foi lançado com um coquetel numa livraria renomada localizada em um dos melhores shopping de Salvador. Meus verdadeiros amigos estavam lá. Adquiriram exemplares, conversaram, tomaram vinho e foi inesquecível. Tenho a imagem de cada instante mágico daquele evento. Inclusive, Hélio Pólvora, grande escritor e membro da Academia Baiana de Letras, que faleceu recentemente, estava lá. 
Com os livros em mãos, lancei em eventos no interior, fiz palestras em escolas e pude vender por R$10,00 e também doar muitos para quem gostava de ler. Calculando tudo, o resultado foi extremamente satisfatório e restam somente 10% dos exemplares. Todavia, a maior alegria foi de ver jovens devorando os contos. Isso não teve preço! 
Contando assim, parece fácil. Contudo foram quase dez anos entre o primeiro conto escrito e o processo de finalização. Partir para vias alternativas requer desenvoltura, coragem para pedir e um bom projeto. Só que livro é como um filho, após o parto é preciso cuidar para que cresça. Então é a vez de inseri-lo na sociedade. Quem decide trilhar pelo mesmo caminho deve estar ciente de que livrarias querem um nome de editora. Certamente há acordos entre elas para que lucrem, pois um livro estando pronto, nem sempre tem seu valor pelo conteúdo. Mas enquanto escritora, se tentar vender algo sem qualidade, ponho o meu nome em jogo.
Já na música, a situação é ainda pior. Além dos atravessadores, há os proprietários dos meios de comunicação e alguns radialistas sem escrúpulos, que só abrem o mercado para quem paga. É o famoso "jabá". Os demais, por melhores que sejam, são humilhados, gastam o que não tem e ainda que tenham projetos aprovados, não conseguem patrocinadores. Há redes formadas por estúdios de gravação, gráficas, rádios que tornam o produto final do artista caro para o consumidor, ou desconhecido. Sem falar que a indústria cultural não quer cabeças pensantes, assim criam ou pegam grupos cujas letras e canções são de qualidade duvidosa e investem para que toquem dia e noite nas emissoras. Resultado, ainda que o cidadão odeie aquilo, por onde passa, escutará e mentalizará refrões. É tão grave que mulheres e até meninas pequenas cantam músicas que distorcem a imagem feminina, incitam a violência e o tráfico. A depender do Estado, isso é mais grave.
O fato é que a legislação deixa o poder de escolha daquilo que a população ouvirá, nas mãos de poucos. Uma rádio precisa ser registrada e o processo é caro, longo. A aprovação, difícil. Assim, parece piada afirmar que há democracia no setor. Entretanto, atualmente temos a internet, as redes sociais, como opção. Grupos como o Teatro Mágico, tem seus espetáculos lotados, graças à rede. Deixaram muitos urubus babando. 
Dessa maneira, o poder de criar pode ser barrado pelo poder financeiro. Ou melhor, um artista talentoso pode morrer no anonimato por não ter verba ou se opor ao sistema instituído. Os governantes não sabem? Sim, sabem. Mas permitem que andemos a passos de tartarugas em relação à cultura. Atualmente, ter um projeto aprovado pelo Fazcultura, pode não significar nada, a partir do momento que não há empresas dispostas a patrocinar.  Ou que estão envolvidas com os mesmos que lucram nas costas dos artistas. 
Mas o que me deixa realmente irritada é a falta de união da classe artística. Acostumados a esses esquemas, muitos preferem se submeter e até rastejar diante dos "poderosos", do que formar redes, unirem-se, fortalecerem-se em grupos. Com unidade, parte desse esquema perverso, ruiria. A população conheceria a força da arte. Há espaço para todos que nascem com o dom de criar. Porque ceder aos que só sabem explorar? Mas enquanto isso não acontece, o dinheiro rende nos bolsos errados. E pessoas, sem saber, dão o seu dinheiro para quem já detém o poder financeiro. O artista continua pobre, desrespeitado, sem espaço ou escravizado. Como diz Caetano, é "o poder da grana que ergue e destrói coisas belas".



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Mercadores da fé

A ciência não tem explicação para tudo até o momento. Sabemos pouco diante da imensidão do universo. A vida e a morte são um mar de dúvidas. Conhecemos os processos de concepção, geração, nascimento, todavia desconhecemos o que há por trás deles. Já na infância, surge a curiosidade, o temor e o medo da morte. Única certeza da vida. O fato de que todos voltaremos ao barro, causa transtornos depressivos principalmente naquela idade em que nossos conhecidos partem pro inexplicável. Dessa maneira, sempre foi da humanidade buscar a explicação da criação, da natureza e do universo, em Deus ou deuses, surgindo assim religiões politeístas, monoteístas com divisão entre meros mortais e representantes dos deuses. Se hoje, eu chegar e anunciar que represento Deus, muitos me verão como louca. Fundamentando essa afirmação, posso liderar pessoas curiosas, temerosas em busca de explicações diversas para as mais variadas aflições. Nas minhas mãos estará o poder de pregar minhas ideias. E se eu realmente for louca, inteligente o suficiente para criar minhas teorias? Sendo louca, usurária, manipuladora, assino documentos enviados a mim por entidades superiores, como meio de usar pessoas. Quem garantirá minha afirmação, serão os mais desesperados. Os que sofrem com a pobreza, perda de entes queridos, apego ao material ou loucos. Serão meu exército fiel.
Diante da natureza de quem elege um líder religioso e do poder a ele designado, tenho mais medo do que da morte. Após anos de estudo e observação do comportamento individual e social de pessoas de todas as idades e gêneros, aprendi o quanto é fácil para quem tem a capacidade de enxergar os fatos ao redor, perfilar. Depois deduzir através do comportamento, quais os sentimentos de cada um, intitulando-se profeta. Alguns crêem que o são, por não perceberem seu senso perfilador. Talvez haja iluminados. Mas daí para usar o dom a seu favor, retirando o pouco dos que sofrem, temos um mau caráter mercenário em ação. Por esse motivo, não respeito nenhum humano que faz da religião um circo em templos construídos com ostentação buscando o lucro financeiro.
Jesus existiu. Na minha concepção era um bom homem, incapaz de suportar o sofrimento e a dor que imperava na época em que viveu. Ao seu modo foi um revolucionário. Quebrou paradigmas, tabus e se opôs à ordem imposta. Ele não via outros povos, prostitutas, doentes e ladrões como animais asquerosos. Sabia sobre diferenças, necessidades e se aproximava para ajudar. Com os apóstolos, outros homens, percorreu sua região falando sobre fé. Que cada um podia conseguir alcançar os sonhos se acreditasse primeiro na sua força interior e na unidade dos povos em prol do bem comum. Isso o levou à perseguição e morte. Aquele rapaz, que não era louro de olhos azuis como pintam, mudou mentes, mostrou a nossa igualdade através das diferenças. Ensinou sobre força, respeito, determinação, amor, compaixão. Reunindo gente por onde passava a pé, de burrico, sob o Sol escaldante, dormindo no relento. Essa sua humildade o fez um verdadeiro profeta filho de Deus. Ele nunca cobrou para fazer o bem. Jamais mandou construir gigantescos centros de fé. Suas roupas eram simples, desgastadas. Sua coragem, inabalável.
No decorrer da história, aproveitando-se de sua morte na cruz para gerar um novo poder, o catolicismo ganhou novos líderes. Não vejo na história nenhum igual. Cada qual buscava impor uma nova ordem usando o Cristianismo como arma de dominação em massa. A igreja católica virou um polvo. Pegou territórios, aliou-se a reis, construiu templos de orações, através das cruzadas cometeu os crimes mais bárbaros e distorceu a verdadeira intenção daquele homem simples. Outras religiões também cresceram usando o medo e a intolerância para dominar espaços. Os seus líderes usavam minerais raros e pedras preciosas, eram carregados por lacaios, açoitavam os ditos pecadores e pregavam em templos cobertos de ouro. A ostentação da igreja foi um método usado para demonstrar poder, dando riqueza e conforto a uma minoria. Hoje, temos uma profusão de templos, igrejas e vendedores de salvações. Eles ligam muito mais para os dízimos. Que Jesus nunca cobrou. Discriminam mulheres e homossexuais. São intolerantes aos outros credos por lhes tomarem espaços. Gritam, choram, tem a mídia nas mãos, vendem óleos e águas ditas milagrosas. Prometem o céu. Loteiam-no. Chegam ao ponto de dilacerar famílias pobres, fazendo-as vender o que não tem. São representantes de Jesus? De jeito algum! Na minha humilde opinião são mercadores da fé. Não merecem nosso respeito. E certamente, se há um Deus, há também um inferno para esses profanadores da boa fé.
Não sou contra religiões. Acredito que faria um bem enorme se muitos que hoje se dedicam ao crime, drogas e corrupção fizessem parte de uma. Revolta-me a forma como algo tão sério é tratado. Porque se desejamos ajudar, nos doamos. Não cobramos por isso. Se buscamos um mundo melhor, não discriminamos. Respeitamos as diferenças. Se queremos ajudar, ensinamos a pescar. Homens dignos trabalham para ter seu sustento e ao invés de cobrar dízimos e fazer propaganda dos atos, ajudam dando o que não tem. Ou dando força pra lutar contra o poder que oprime, mata e discrimina. Talvez reunam seus fieis em locais simples, buscando construir esses espaços através de doações de quem pode Fazem trabalho em equipe e não desprezam ninguém. Respeitam a natureza, se usam vestes específicas é por uma questão de identificação pessoal, cultural. Erram, acertam, caem, levantam para poder erguer um planeta onde reine a esperança, a paz e o amor. Os que lhes acompanham não tem medo da morte ou do inferno. Por isso são felizes.




terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Os Homens do Tráfico

Antes de falar sobre os meninos do tráfico, farei uma reflexão sobre os homens, os pais do tráfico que tem levado à morte os filhos pobres, jovens e majoritariamente negros da nação. É preciso não querer raciocinar para atribuir toda a culpa da situação social que vivemos agora, ao menores moradores de áreas ditas de risco. Todavia parece que alguns não desejam ter o trabalho, ou não tem coragem de cobrar da polícia e da justiça a prisão do verdadeiros responsáveis. Porque eles nadam em piscinas de dinheiro embebido em sangue, possuem helicópteros, aviões, alguns são políticos ou tem pessoas do legislativo e até judiciário nas mãos.
Primeiro precisamos mapear os locais onde são plantados os alucinógenos, transportados, processados, transformados e distribuídos. Onde, como, quando, quem começa a cadeia? Esses sim tem o material que roda a engrenagem. Aqui no Brasil, há regiões conhecidas pela plantação de maconha. Já divulgaram em noticiários. São grandes propriedades que empregam agricultores necessitados ou incapazes de reconhecer as espécies. Há casos de trabalho escravo nessas fazendas. Mas a quem pertencem? A algum menino nascido no morro que se envolveu com o tráfico, dominou áreas e conseguiu se manter vivo? Sendo assim, como adquiriu as terras? E os meios de transporte? A não ser que ele seja um sobrevivente apadrinhado ou que trabalhou muito para alguém, isso tudo é possível. Mas quem os iniciou? Há uma rede que parte das camadas sociais mais ricas e segue para as mais pobres. Não o inverso.
Em relação às drogas oriunda de outros países, como a cocaína, a pasta base e o pó, elas não chegam aqui pelas mãos do menores infratores do morro. Vem de avião cuja carga é descarregada em fazendas com aeroportos particulares. Daí seguem seu destino, indo parar nas mãos dos que processam até chegar aos traficantes. Quando há uma apreensão nos locais onde é feita a transformação, não raro teremos famílias com os filhos, todos pobres, trabalhando nisso. Mais uma vez, quem os paga? Quem vai preso? Inverter a cadeia é má fé, burrice ou covardia.
Já nas comunidades conhecidas como áreas de risco, encontraremos os jovens armados até os dentes, divididos entre as chamadas "bocas", recrutando menores para usar, vender e servirem de aviões.  Em reportagens também vemos a discrepância social dos pequenos vendedores descalços e dos carrões dos compradores. Quando essa relação causa aumento da criminalidade, surge alguém com a brilhantes ideia de reduzir a maioridade penal. Mas o menor que rouba e mata, procede assim para pagar suas dívidas, senão morre. Ele é o fim da cadeia. Atualmente querem diminuir a maioridade penal para 16 anos, mas os traficantes se anteciparam e colocam na linha de frente meninos entre 7 e 14 anos.  Então jogaremos nas já superlotadas casas de detenção, crianças, enquanto o topo da cadeia continua fazendo exércitos? O fato é punir alguém. O fácil é punir e prender aqueles incapazes de custear advogados, deixando soltos no mar da violência, os peixes grandes.
Acredito que temos a obrigação social de reverter essa ótica alimentada pela mídia elitizada. Nossas crianças necessitam não é de cadeia. Sim de educação em tempo integral acontecendo em escolas equipadas, limpas, com atividades esportivas, culturais e professores bem remunerados e capacitados para os novos tempos. Pagamos impostos para isso, de jeito algum para sustentar uma polícia que extermina menores. Se é de combater a criminalidade, que sejam encarcerados os que estão no topo da pirâmide do tráfico. Depois os que persistirem em ser "boi de piranha".

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Do aborto às lixeiras

Cotidianamente assistimos nos noticiários histórias chocantes de bebês encontrados em meio ao lixo, mortos em banheiros, abandonados nas ruas. Estamos em 2015 onde não falta informação sobre como evitar filhos, sobre a importância do uso da camisinha e distribuição de anticonceptivos. Ao mesmo tempo convivemos com a cultura machista, imperativa principalmente nas camadas sociais mais baixas e em cidades do interior. Assim, muitas mulheres fazem sexo com os parceiros sem usar o que eles não gostam: preservativos. Também temos a hipocrisia religiosa cega a proibir o ato sexual antes do casamento, sexo entre jovens e campanhas sobre prevenção. A mentalidade da juventude impregnada pelos BBB, novelas, músicas que incentivam o machismo, a mulher vista como objeto, do senso de liberdade sem responsabilidade, aumenta a probabilidade de mais garotas ou mulheres pobres engravidarem.
Fazer sexo é tão importante quanto comer. Desculpem-me os hipócritas que se masturbam entre quatro paredes, praticam às escondidas, são preconceituosos e se dizem puritanos, mas isso é fato. Sexo faz bem à saúde física e mental. Porém se, e somente se, casais de qualquer gênero tiverem o cuidado de usar preservativos e anticonceptivos.  Atribuir apenas às mulheres a responsabilidade de uma gravidez é no mínimo insano, porque nenhuma engravida sozinha. É preciso um parceiro. Ambos tem a obrigação de evitar HIV, DST e filhos indesejados.
Creio que após a abordagem acima, podemos analisar, julgar e repensar formas de evitar o abandono de recém nascidos. O aborto que é outro tabu, não deve ser ignorado, mesmo porque médicos corruptos, fazedores de anjos e carniceiros fazem todos os dias, sem seguir regras. Milhares de mulheres já morreram devido ao aborto clandestino. Muitas outras morrerão, até mesmo filhas de pais puritanos, caso não haja a legalização e a possibilidade de fazer em hospitais, no tempo hábil, quando o bebê ainda não está formado. Não é a troca de uma prática perversa por assassinato. É o último recurso para evitar crimes mais hediondos. Pois quando olhamos ao redor vemos mais que bebês nas lixeiras. Há muitas crianças sofrendo abandono, descaso, tortura, espancamento, violência sexual e morte nas mãos da própria família. Isso certamente é muito pior. Pelo menos até termos uma sociedade formadas por homens e mulheres conscientes, responsáveis e criados com amor, esse é um mal necessário.
Um casal que não pode ter filhos devido à situação financeira ou psicológica precisa saber que há a opção de doar no hospital, a criança para adoção. É triste, mas ela pode ter mais sorte em outra família do que com os pais biológicos. Pais são os que criam, dão amor, apoio e acompanham até os filhos terem condições de enfrentar o mundo sozinhos. Novamente precisamos combater alguns preconceitos: beleza, raça e gênero não devem ser a máxima na hora de adotar. Tão pouco criar dificuldades extremas para casais sem filhos ou homossexuais poderem adotar. Aliás, alguns casais homossexuais tem mais amor e equilíbrio que certos heteros. Isso depende da índole de cada um, da ideia de viver a dois e do apreço pela paz, por respeito.
Eu não abortaria. Seria um peso insuportável. Mas não posso horizontalizar a sociedade baseada no meu modelo e nem ninguém deve. Cada um sabe onde o sapato causa dor. Mas a partir do momento em que decide ter filhos, todos tem a obrigação de oferecer o melhor para a formação deles. Nunca bati nos meus. Conversei, mostrei que era humana, ensinei a importância de ser bom, criei mostrando que mais importante do que ter as coisas é ter caráter. Hoje sinto orgulho deles. E amo profundamente.
Enfim, quem não tem vocação para a maternidade ou paternidade, trate de se cuidar. Ande com preservativos. Não faça sexo sem eles. Imponha-se. Principalmente mulheres pobres e as casadas de qualquer classe social. A AIDS já matou e matará muitas que se acomodaram no conforto de uma relação, sendo surpreendidas pelas ações dos parceiros. Nunca esqueçam que crianças são "fabricadas"por duas pessoas, nunca por uma só. Nenhum homem tem o direito de culpar uma mulher pela gravidez se ele mesmo não usou preservativos. Homens com muitos filhos devem fazer vasectomia. Não mata, não diminui a potência sexual e evita o aumento da família. Quando atribuo tanta responsabilidades aos homens, não é feminismo. É por comprovação matemática. Uma mulher ao engravidar fica em média onze meses sem conceber. Já os machos da nossa espécie, a depender da atuação, pode fazer um filho ou mais por cada dia desses onze meses em que a mulher estará inapta. Pensem nisso, porque, torno a repetir, filho é coisa séria. É o ser humano que construirá o futuro. Assumindo ou não a paternidade, o sangue a correr nas veias daquele ser gerado, é dos dois.


Crianças também são os filhos de uma sociedade, logo responsabilidade de todos.

Na realidade, isso não tem graça. É um fato que demonstra um aspecto cultural tristemente marcado pelo preconceito e irresponsabilidade. 

Desmatamento: Quem são os maiores responsáveis?

Acredito que toda ação que incentive a preservação ambiental seja válida. Ensinar que na Semana do Meio Ambiente ou no Dia da Árvore, os estudantes devem plantar alguma espécie, cuidar para que não acabem com as florestas, é bom. Claro. Porém a impressão que tenho ao assistir programas mostrando devastação da Mata Atlântica, da Floresta Amazônica, é que somos nós, pobres e classe média que temos culpa desse acontecimento. A agroindústria e a especulação imobiliária são citadas com cautela, porque as famílias que detém os meios de comunicação e boa parte dos políticos, inserem-se nessa parcela. O coronelismo continua a existir e eleger quem o protege. E as propagandas, seminários e debates costumam mostrar que a população é culpada, responsável e as pequenas propriedades rurais geram a grande devastação. O dedo não é posto na ferida.
Vejo que o enfoque deve ser modificado. O agronegócio gera desemprego por usar muito mais máquinas que pessoas, devasta os espaços com rapidez e fazendas surgem onde menos se espera. Poucos lucram e a maioria é prejudicada. Os pequenos e médios produtores empregam mais, oferecem produtos com menos química e pela extensão das suas terras, destroem menos. Os ricos produzem para exportar a parte boa, deixando aqui aquilo que não venderiam fora do país. Todavia vivemos em um sistema que ofusca a realidade. Não é dado o nome aos bois, não nos ensinam a combatê-los, entretanto colocam nas nossas costas o peso da responsabilidade.
Ou mudamos a forma de educar, agir, pensar e denunciar ou seremos vítimas da destruição. A legislação ambiental precisa avançar e os juristas bem pagos com os impostos da nação, devem punir de fato quem transgride a lei, independente da classe social, da reação da mídia e dos falsos ecologistas.
Selecionei algumas imagens. Achei interessante a que trata do desmatamento ilegal pois pede que nós não devamos adquirir madeira oriundas de desmatamento ilegal. Mas todos sabem quais são os legais e os ilegais? Será que no percurso dessa madeira ilegal, nenhuma autoridade, polícia ou rede de TV viu o fato? Duvido.
#ficadica:
1- Os países do primeiro mundo foram os primeiros a praticar o desmatamento intensivo das florestas.
2 - Grandes empresas mundiais do setor de alimentos, vestuário, ajudam a gerar o desmatamento da Amazônia, segundo o Greenpeace. Dentre elas: Nike, Adidas, Gucci, BMW, Honda, Wal Mart e Carrefour.
3 - O desmatamento, processo de retirada descontrolada e sem reposição, da vegetação nativa, gera a desertificação.
4 - Algumas espécies como o eucalipto, que atualmente cobre grandes extensões de terra no sul da Bahia e no Espírito Santo, tornam o solo improdutivo e podem secar os rios, pois a plantação absorve muita água.



Para quem quiser pesquisar mais:
http://www.suapesquisa.com/desmatamento
http://www.cptnacional.org.br

Culpados ou Inocentes?

A intenção deste blog é estimular a reflexão criando debates em torno de temas atuais ou polêmicos. Conto com a participação de vocês.