Pesquisar este blog

Translate

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Abolição. A opção é praticar esporte e capacitar os jovens



A Associação Cultural Abolição Capoeira, sediada em Arembepe, Camaçari, Bahia, Brasil, com vários pontos espalhados pelo mundo, oferece à comunidade aulas gratuitas de capoeira, violão, inglês e dança. Pessoas de todas as idades podem participar. Principalmente jovens.

O ponto de cultura atende não só a comunidade de Arembepe, mas boa parte da orla de Camaçari. Quem ingressa, além das aulas, aprende a ser cidadão e cidadã. Os responsáveis, apesar de trabalharem para manter as famílias, dão toda assistência. Preocupam-se com aqueles que evadem, buscam saber como estão, o motivo do afastamento.

O Abolição é um meio para libertar do desemprego, de vícios, do sedentarismo. É um dos mais belos projetos sociais que conheço. Exemplo a ser seguido, divulgado, para estimular mais gente a olhar para aqueles que vivem ao redor, oferecendo oportunidades.

domingo, 7 de junho de 2015

Ser gay é crime?

O preconceito é honesto? Essa pergunta deve ser feita quando tratamos de rotular, discriminar, cometer bullying e atacar alguém por causa da cor da pele, da opção sexual ou gênero. Temos na Constituição Federal uma resposta muito clara para a questão. Todavia, vemos ataques na TV, músicas, rádios, escolas, vizinhança e até em casa, que vão de palavras à agressão física.
Com todas as misérias que tem acontecido no planeta, a exemplo dos milhares de imigrantes saindo dos seus países de origem, caindo nas mãos de traficantes, bandidos e assassinos, guerras, morte de inocentes; terremotos, calor excessivo e enchentes, balas perdidas, tráfico... Vi gente tendo a capacidade de se indignar com duas coisas que não ferem ninguém: o amor entre duas senhoras numa novela (que deveria ser criticada pela violência que incita, não por isso) e a belíssima campanha de marketing do Boticário para o dia dos namorados. Finalmente, o amor deve ser mais combatido do que a guerra? Pois a questão parece se concentrar nisso.
Não vejo discursos acalorados de alguns religiosos sobre muitas questões relevantes. Tenho visto homens que enriqueceram dirigindo igrejas, pregarem mais o preconceito do que a paz e o respeito. E o que a justiça faz, se na Constituição Federal, ações que geram discriminações são criminosas? Ainda não vi nenhum deles ir para a cadeia. Mas já vi gente roubar um leite pra alimentar o filho ser presa. 
Acredito que cada pessoa nasce com genes, hormônios e traços, como as impressões digitais, que as diferencias das demais. O homossexualismo não é nenhuma novidade porque o amor faz parte de nós. A repressão é algo plantado e cultivado por religiões, sociedades, famílias, mídia e tem início após o amor. Basta olhar a pureza de uma criança que descobre o corpo e aos poucos o poder que tem para articular palavras, andar e conhecer conceitos de "certo e errado". Opções religiosas, sexuais e até profissionais, quase nunca são opções em determinados clãs e sociedades. Para a criança não há escolhas. Existe mais a obrigação de ser contra aqueles ditos "diferentes". Então teremos adultos propensos a excluir quem age de modo divergente ao deles. O amor ganha outro sentido, segue outras direções mais distantes do seu significado real. 
Mas será o que eu ou outra pessoa honesta escolhemos, deve ser medido por alguém que tenha preconceitos? Então, se preconceito é crime, porque tenho que aceitar críticas de preconceituosos?  A ciência vem mostrando que os seres humanos tem mais do que a opção de ser hetero ou homossexual. O biólogo Alfred Kinsey que viveu entre os século XIX e meados do  XX, relatou que entre homossexualidade e a heterossexualidade  há uma gradação de sete opções, inclusive os bissexuais. Hoje já se sabe que existem mais do que isso. Também apontaram que cada um nasce com alguma tendência, capaz de ser modificada por influências. Por exemplo, um homem pode por influência ou mesmo opção, casar, ter filhos mas após algum tempo vir a gostar de outro homem. O amor é uma reação química ligada às reações psicossociais. Basta ver que homossexualidade e mesmo amor entre pessoas do mesmo sexo, pode ser comum entre soldados. Os genes e os hormônios em quantidade menor ou maior, influenciam. Casados à necessidade de compreensão, solidão, parceria, completude, podem mudar um contexto. Da mesma forma que os paradigmas sociais levam alguém a ter comportamento heterossexual, sendo que seu gosto seja outro. O que dizer dos hermafroditas, mulheres com mais pelos, homens quase sem pelos? Hoje os cientistas também "corrigem"essas situações, imutáveis no passado. Só não sabemos, devido ao preconceito, se realmente as pessoas mudarão de acordo com seus desejos ou os da sociedade. Explicar as diferenças físicas através de teorias para subjugação da espécie, da existência de um Deus vingativo, cruel, não passa de oportunismo para dominar, lucrar através de interpretações equivocadas, escritas por outros humanos. 
O fato é que em pleno século XXI ainda assistimos indivíduos com a capacidade de em nome de uma falsa moral e bons costumes (desde quando preconceito é bom costume?), bradar contra as opções alheias. A mim interessa ver o amor acontecer nesse mundo conturbado. Deixar o meu desprezo para qualquer forma de violência.  Além do mais somente pessoas doentes vivem de agressão e raiva contra terceiros. Essas precisam de tratamento. Pena que não levam a saúde mental à sério na maioria dos países.
Enquanto não avançamos nesse aspecto, cada um escolhe o que prefere ver.