Não sei até que ponto as pessoas pensam de fato no que dizem lutar. Falo das pessoas que dependem dos serviços públicos. Reclamam o tempo todo da saúde, mas quando estão lá nos guetos oferecidos aos que verdadeiramente sustentam os políticos, calam-se. Aceitam a falta de leitos, de cadeiras para os pacientes, a carência de equipamentos básicos e quando precisam retornar, independente do partido que esteja no poder, não acham a situação melhor. Pegarei como exemplo o Hospital Geral de Camaçari, responsabilidade do Governo do Estado, que em gestão alguma foi local para atender ser humano. E hoje, continua no caos total.
Tento há duas semanas resolver um problema ortopédico. O primeiro foi na mão. Fui atendida na UPA, mas não havia como fazer Raio X. Tomei medicamentos e levei a requisição ao Menandro de Farias (Lauro de Freitas), que também não fez. Mas controlei tudo com remédios. Só que essa semana sofri uma queda e foi a vez do pé. Depois de mais outra queda, o mesmo dedo da mão e o pé, receberam impacto (Lei de Murphy!). Como as UPAs não estavam equipadas e nem as clínicas, corri para o HGC.
Fui bem recebida pelos funcionários e médico que mesmo em quantidade insuficiente em proporção aos pacientes, tentavam salvar vidas. Porém, as cadeiras na emergência eram poucas, algumas quebradas e os doentes tinham que ficar em pé. Por ser o único hospital público da região a quantidade de casos graves era imensa. A cada instante entrava uma vítima de acidente, doença fatal, crimes... A quantidade de humanos empilhada nos corredores só me lembrava um açougue. Carne, sangue e gente jogada pelos cantos como gado. Deprimente, lamentável. Cheguei com dores no corpo e adquiri uma dor imensa ao ver que ali era a última opção para todos.
Alguns podem perguntar porque não fui para um hospital particular. Muito simples: ainda que possa pagar com dificuldades o procedimento, tenho o direito a saúde pública de qualidade e acho absurdo pagar duas vezes pelo mesmo, repito, DIREITO!!! Precisamos parar de ser otários e cobrar promessas e respeito à vida. Enquanto brigamos por partido A ou B, os três poderes em todo o país, está nos ferrando de fato. Ferrando como gado. Um rebanho que aceita tudo de cabeça baixa. Ou com desculpas esfarrapadas.
Como sempre digo, alguns se incomodarão, mas que se danem. Eu não existo para lutar apenas por mim e minha família. Há gente sofrendo, morrendo, querendo trabalhar sem ter os meios. Adoecer e parar no chão do lado externo de um hospital, ou nos corredores deve ser motivo de processo! Eu pessoalmente gostaria de reunir pessoas dispostas a isso. Politiqueiros não. Gente brasileira. Humanos de verdade! O SUS é um grande sistema que poderia funcionar maravilhosamente. Mas diante do silêncio dos inocentes desconhecedores do próprio poder, é dilapidado, destruído.
Não me interessam promessas furadas, futebol, a sexualidade alheia, a vida particular de quem quer que seja ou carnaval. Quero cidadania! Também não me interessa as palminhas dos oportunistas que trocam votos por cargo ou dentaduras. Interessa-me sim, o direito dos meus iguais, pois seja no sistema público ou particular, nosso fim é debaixo do mesmo chão. Que o diabo leve os egoístas.
Rui Costa, precisamos urgente de um olhar especial para o HGC e escolas públicas, principalmente da orla de Camaçari.
#Arembepe, #SaúdePública, #SUS, #PartidosPolíticos
Vejam os dados da Bahia.
Tento há duas semanas resolver um problema ortopédico. O primeiro foi na mão. Fui atendida na UPA, mas não havia como fazer Raio X. Tomei medicamentos e levei a requisição ao Menandro de Farias (Lauro de Freitas), que também não fez. Mas controlei tudo com remédios. Só que essa semana sofri uma queda e foi a vez do pé. Depois de mais outra queda, o mesmo dedo da mão e o pé, receberam impacto (Lei de Murphy!). Como as UPAs não estavam equipadas e nem as clínicas, corri para o HGC.
Fui bem recebida pelos funcionários e médico que mesmo em quantidade insuficiente em proporção aos pacientes, tentavam salvar vidas. Porém, as cadeiras na emergência eram poucas, algumas quebradas e os doentes tinham que ficar em pé. Por ser o único hospital público da região a quantidade de casos graves era imensa. A cada instante entrava uma vítima de acidente, doença fatal, crimes... A quantidade de humanos empilhada nos corredores só me lembrava um açougue. Carne, sangue e gente jogada pelos cantos como gado. Deprimente, lamentável. Cheguei com dores no corpo e adquiri uma dor imensa ao ver que ali era a última opção para todos.
Alguns podem perguntar porque não fui para um hospital particular. Muito simples: ainda que possa pagar com dificuldades o procedimento, tenho o direito a saúde pública de qualidade e acho absurdo pagar duas vezes pelo mesmo, repito, DIREITO!!! Precisamos parar de ser otários e cobrar promessas e respeito à vida. Enquanto brigamos por partido A ou B, os três poderes em todo o país, está nos ferrando de fato. Ferrando como gado. Um rebanho que aceita tudo de cabeça baixa. Ou com desculpas esfarrapadas.
Como sempre digo, alguns se incomodarão, mas que se danem. Eu não existo para lutar apenas por mim e minha família. Há gente sofrendo, morrendo, querendo trabalhar sem ter os meios. Adoecer e parar no chão do lado externo de um hospital, ou nos corredores deve ser motivo de processo! Eu pessoalmente gostaria de reunir pessoas dispostas a isso. Politiqueiros não. Gente brasileira. Humanos de verdade! O SUS é um grande sistema que poderia funcionar maravilhosamente. Mas diante do silêncio dos inocentes desconhecedores do próprio poder, é dilapidado, destruído.
Não me interessam promessas furadas, futebol, a sexualidade alheia, a vida particular de quem quer que seja ou carnaval. Quero cidadania! Também não me interessa as palminhas dos oportunistas que trocam votos por cargo ou dentaduras. Interessa-me sim, o direito dos meus iguais, pois seja no sistema público ou particular, nosso fim é debaixo do mesmo chão. Que o diabo leve os egoístas.
Rui Costa, precisamos urgente de um olhar especial para o HGC e escolas públicas, principalmente da orla de Camaçari.
#Arembepe, #SaúdePública, #SUS, #PartidosPolíticos
Vejam os dados da Bahia.
| Unidades da Federação | BA |
|---|---|
| Taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) | 19,9 |
| Posição no ranking de mortalidade infantil | 21 |
| Esperança de vida ao nascer (idade) | 72,7 |
| Posição no ranking de esperança de vida ao nascer | 16 |
| Despesa per capita em saúde (R$ a preços de 2012) | 582,49 |
| Posição no ranking de despesa per capita | 25 |
| Médicos por mil habitantes | 1,12 |
| Posição no ranking de médicos por mil habitantes | 18 |
| Leitos por mil habitantes | 2,11 |
| Posição no ranking de leitos (Revista Exame) Maiores informações: http://exame.abril.com.br/brasil/os-melhores-e-os-piores-estados-em-indicadores-de-saude/ | 18 |
